"Nós estamos mudando de uma estratégia de crescer em um negócio apenas de telefone para uma estratégia de crescer e criar um vibrante ecossistema Windows", afirmou o diretor-executivo Satya Nadella em um comunicado.
Os 7,8 mil postos de trabalho suprimidos representam cerca de 6,5% do efetivo total do grupo, que não informou em que países ou cidades, irão ocorrer as demissões.
A empresa vai demitir funcionários, principalmente, nas atividades de telefonia e contabilizará uma carga de US$ 7,6 bilhões de dólares por depreciação de ativos, segundo o comunicado.
As demissões afetarão, sobretudo, as atividades assumidas com a compra da fabricante finlandesa de telefones Nokia, concluída no ano passado.
A Microsoft já havia suprimido 18 mil empregos em 2014 e decidiu parar de utilizar a marca Nokia para seus smartphones. Segundo o analista do setor Jeff Kagan, a aquisição da Nokia foi "um erro que custou muito caro, tanto em termos de dinheiro quanto de tempo".
"Acho que o Windows 10 talvez seja a última oportunidade real de crescimento para a Microsoft. Também funcionará nos aparelhos móveis e será muito interessante ver se poderão juntar todas as peças", acrescentou.
Em junho, a Microsoft já havia anunciado a saída de Stephen Elop, ex-diretor da Nokia, dentro de uma mudança de direção.
Em um comunicado, o governo da Finlândia informou que, no país, 2,3 mil vagas serão afetadas. Hoje, a Nokia conta com 3,5 mil funcionários no país.
O governo disse estar "decepcionado" com a decisão da Microsoft. As autoridades anunciaram que, após o recesso do Parlamento, enviará à Casa um pacote orçamentário para financiar medidas de apoio aos funcionários atingidos. A maioria se concentra na região de Salo (sudoeste), onde há um centro de pesquisa especializado em "smartphones".
A Nokia e a Microsoft foram amplamente superadas no mercado pelos iPhones da Apple, assim como pelo Galaxy da Samsung e os fabricantes chineses que usam o software Android doGoogle.
O grupo de Redmont (Washington, noroeste dos EUA) tentou recuperar o terreno perdido com a compra da Nokia, mas essa estratégia não foi bem-sucedida. Sua porção do mercado nesse competitivo setor deve beirar 3% este ano, segundo a companhia IDC.
Em e-mail aos funcionários, Satya Nadella garantiu que as decisões não foram tomadas "às pressas, em vista dos efeitos que têm na vida das pessoas que são importantes para a empresa". Nadella acrescentou que a medida será aplicada "nos próximos meses".
Em seu comunicado, a Microsoft afirma ainda que a meta é concluir as demissões antes do fim de seu próximo ano fiscal, em junho de 2016.
A empresa prevê uma quantia de entre US$ 750 milhões e US$ 850 milhões para financiar as demissões.
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